sábado, 1 de novembro de 2008

Écrire

A oferta de textos (na Internet e fora dela) é tão grande, escreve-se sobre tudo e todos, a todo o momento, que me sinto na obrigação de escrever algo neste espaço apenas quando, realmente, tenho algo a dizer.
Como não tenho um leitor específico a quem me dirijo - sempre acho que este é um blog sem leitores - me dou ao luxo de desaparecer de vez em quando (como adoraria desaparecer efetivamente). Isso, sair à francesa quando não me sinto a vontade para tratar dramas pessoais, sutilezas de uma vida corriqueira, quando o tanto que há para ler por aí basta.
Deixei de registrar qualquer coisa por tanto tempo que quase esqueci a senha deste blog. Acontece.
A volta, queridos, não se deve, no entanto, a nada de especial. Mas como acho que escrevo melhor do que falo, e já que não posso falar o que quero, me sobra escrever. Mas não para vender as minhas palavras, como faço todos os dias. Escrever para, simplesmente, satisfazer a necessidade de fazer sentido. Escrever para encontrar o verbete perfeito, aquele que exprime o que a gente sente, o que os olhos capturam quando encontram algo raro pela frente. Escrever, somente.
Se não fosse jornalista, talvez fosse escrevinhadora de cartas. Ou, talvez, leitora delas. Palavra por palavra, as frases, como uma fotografia, que conserva para sempre um instante, uns poucos escritos, que eternizam as idéias, os raciocínios, os sonhos.
É bom por representar por meio das letras o que se passa numa cabecinha fértil como a minha, que nunca pára...
Bom, mas isso é história para outros escritos.

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