segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mil e uma utilidades

Sabe quando você emprega uma boa dose de energia em algo que não se transforma em nada de importante? Não é raro aparecer aquele gostinho de frustração, de não estar realizando absolutamente nada de útil.
Pois para chutar (literalmente) o marasmo e tentar ser uma pessoa melhor (eu já disse isso), decidi, há poucas semanas, começar a estudar kung fu. Antes que mentes engraçadinhas pensem que foi motivada pelo filme do ursinho panda, eu afirmo que é mais uma tentativa de encontrar algo que me agrade e acalme ao mesmo tempo. Não é exatamente sossego que eu quero, mas um lugar onde as pessoas não passem o tempo inteiro adorando suas bundas, peitos, pernas e braços. Se der pra suar um pouco e aprender algo de válido para o meu dia-a-dia, supimpa.
A coisa é toda cercada pelo ritual. Desde a roupa (ainda não tenho o uniforme oficial do lutador de kung fu, mas as cores da roupa são determinadas) até a forma de cumprimentar as pessoas, se colocar diante dos mestres, tudo faz sentido. Na chegada já comecei a gostar.
Depois tem a coisa do corpo, de treiná-lo para suportar a dor, do condicionamento físico propriamente dito. Quem olha de fora pode não entender o que aqueles chutes e socos podem ter de tão interessante, mas foi dessa arte marcial que veio da China que eu gostei, finalmente.
Ainda não tenho faixa alguma (a branca é a primeira), mas isso não importa. Quero perseguir a precisão do movimento, da concentração, da filosofia da coisa.
Um esporte com mil e uma utilidades: desenvolve a coordenação motora, a força, a resistência, a flexibilidade, o ritmo. Também proporciona maior segurança, tranquilidade e controle das ações, desenvolvimento do raciocínio, os reflexos, atenção e concentração mental.
Era tudo o que eu queria.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vou me cuidar pra não levar uns golpes aqui ao lado. Essa guria tá ficando perigosa.

Bj, Lu

André Feltes disse...

Uma intelectual, lindinha e que luta kung fu !
Assim vou acabar me apaixonando !
Bj.