domingo, 3 de agosto de 2008

Contação de histórias...

Não achei o verbete no dicionário que tenho por perto, mas ele existe. Contação de história. Aprendi o que contação quer dizer numa das aulas do curso de Letras, que deixei de lado por uns tempos. Para as crianças, a contação de histórias é um momento mágico. Desperta a curiosidade e a imaginação voa longe. Contar coisas que valem a pena serem ouvidas.
Para os adultos interessados em ouvir (hoje as pessoas mais querem é falar e não ouvir), pode ser uma alegria ouvir uma história bem contada.
Pois hoje escutei (para trocar o verbo já tão repetido), mais uma vez, algumas histórias da juventude da minha mãe. Só faltou fechar os olhos para ver os flertes no ônibus a caminho do cursinho, os vestidos dos bailes (sim, a balada se chamava baile) e as fofocas de adolescente que ela tinha com suas amigas. Fora as implicâncias do irmão mais velho com os pretendentes e coisas do tipo. Que saudade de uma vida que não era a minha, mas parecia ótima: fora a coisa dos apliques no cabelo e do delineador nos cílios postiços, um arraso!
Tem vezes que acho que seria melhor ter sido jovem naquela época. É, as situações eram mais reais, mais esperadas, mais intensas.
Hoje, um cidadão pede o telefone e, depois de passar a noite com a criatura, no outro dia nem lembra acompanhado de quem estava. Hoje, é bonito querer ser livre, pegar todo mundo e rir da solidão. Isso deixando de fora coisas antiquadas como casamento, filhos e outras cafonices...
Ah, me poupe. Prefiro histórias reais a esse teatrinho ultrapassado.

Um comentário:

Unknown disse...

Às vezes eu fico pensando em como vamos contar o nosso presente no futuro :)
(ô Roberta, abre esses comentários pra quem não tem conta no Google também, hehe)